domingo, 27 de janeiro de 2013

Australia:off




Termina o primeiro Grand Slam do ano com uma final muito líquida mas que deixou muito a desejar tanto a nível exibicional como a nível de oportunidades para trading (de acordo com o meu perfil). 
E esta final pode traduzir aquilo que poderá ser o ano de 2013, um ano sem grande oposição para o Novak (sendo o Nadal e a sua forma após a recuperação ainda uma incógnita). 
(Ainda) não vi a final feminina porque como profissional dedicado fui para os copos na noite anterior e não acordei a tempo. Na verdade nunca me consegui adaptar ao horário deste torneio e por isso não fiz tantos jogos como eu queria, mas este Australian Open fica marcado com a entrada definitiva do ténis feminino na minha vida profissional. Não só porque os jogos femininos eram realizados a melhores horas, mas também pelo facto de ser a 3 sets, que para mim é preferível para o trading.
Felizmente, vampirismos agora só em Outubro com os torneios asiáticos. O próximo torneio de interesse é um WTA e é já terça feira, em Paris.

21 comentários:

  1. Bem o dizes... Foi uma final fraquinha fraquinha (e duas meias finais idem aspas)!
    Estes horários deixam-me sempre K.O., quer nos próprios dias, quer nos seguintes!

    A final feminina, para mim, deixa a ideia que poderia ter sido bem diferente e que a vencedora foi encontrada sob condições muito especiais!

    ATP agora só daqui a 1 semana, mas o WTA já recomeça...

    Agora, com o regresso aos horários de gente, vou aparecendo mais de vez em quando...
    no sítio do costume... (pingo doce, venha cá...)

    Abraço
    ;)

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  2. Esta final masculina entre o Djokovic e o Murray acabou por ser algo aborrecida, como penso eu já se esperava. A final de Shanghai entre eles foi quanto a mim a excepção, porque de resto os confrontos entre eles acho que têm sempre a mesma toada e sinceramente desilude-me um bocado pensar que provavelmente iremos nos próximos anos assistir a muitas mais finais disputadas por eles. São ambos extraordinários atletas, mas quanto a mim os seus embates são demasiado monótonos.

    Em relação ao trading, como tu referiste felizmente acabaram estes horários. Até certo ponto fui aguentando mas com o acumular das semanas (já vinha dos torneios de Auckland e Chennai) começa a ser desregulação a mais. Por isso mesmo nesta segunda semana de torneio abdiquei de fazer trading, e assim deu também para aproveitar para apreciar um pouco mais o ténis que acaba por ficar para segundo plano quando se está a trabalhar. Além disso eu também nunca me sinto particularmente confortável a fazer trading em Grand Slams, porque tal como tu estou mais rotinado para os jogos a 3 sets. E como liquidez raramente é um problema para mim pois não utilizo stakes muito altas, já pensei que provavelmente nos próximos GS voltarei a ficar de fora, e aproveitar mais uma vez a modalidade! :)

    Quanto ao WTA, voltei na primeira semana a experimentar trabalhar, não só porque aí os jogos são sempre a 3 sets, mas também porque não houve muitos jogos de interesse no quadro masculino nessa semana (e quando havia os horários eram pouco convidativos), mas voltei a não me sentir muito confortável, pelo que pelo menos para já continuarei concentrado no circuito masculino.

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  3. rikardo já sei isso, ainda não vi a final feminina mas já sei que a Li lesionou-se do pé, da cabeça e sei lá mais o que...coitada da rapariga, estava a jogar mesmo bem.

    double-r só não concordo contigo relativamente a esperar-se uma final aborrecida. não só a final da china como a própria final do us open que foi dos melhores jogos que vi nos últimos tempos!aliás até o mats wilander da eurosport disse que este poderia ser o melhor jogo de ténis de sempre. um pouco exagerado, mas é para se ver a expectativa que o jogo criou... eu acredito mais que este tenha sido excepção e não regra ;)

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  4. Pois isso depende sempre dos gostos de cada um.. :p

    Para mim uma final que seja emocionante não significa que proporcione uma boa partida. A final do US Open teve bastante emoção e incerteza, sem dúvida, mas o nível de jogo foi quanto a mim baixinho, apesar que aí também teria sido difícil fazer melhor porque estavam condições difíceis, nomeadamente com o muito vento que se fez sentir. Continuo a achar que a final de Shenghai foi a excepção, mas oxalá no futuro venha a mudar de opinião!

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  5. é que nem se compara...
    este jogo o problema foi que não houve uma fase em que os dois jogadores tivessem a jogar bem, ou seja ou era o djokovic que estava muito mal ou era o murray.
    no us open estavam os dois a bom nível, a mim parece que estas a resumir o jogo todo ao 1º set do us open que realmente foi menos bom mas de resto foi um excelente jogo, e não falo de emoção...falo de jogadas que te levam as mãos à cabeça. já não me lembro bem do jogo mas ainda me lembro de um rally de 20 ou 30 e tal pancadas que foi de cortar a respiração. respeito a tua opinião mas honestamente acho que és a primeira pessoa que oiço dizer que não gostou dessa final :p

    abraço

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  6. Mas atenção que eu não estou a dizer que eles quando se defrontam jogam mal, nem disse que não gostei dessa final. Quanto mais não seja pela incerteza que foi saber se iríamos ver finalmente Murray a ganhar um GS, já foi suficiente para me deixar pregado à televisão.

    Eu refiro-me ao facto dos estilos de jogo serem tão parecidos que praticamente se anulam um ao outro. Isso faz com que os seus confrontos sejam extremamente monótonos, sempre com pontos que parece que já os vimos dezenas de vezes. E isto para mim é compatível com os dois estarem a jogar bem. Podem perfeitamente estar a jogar bem mas o jogo não saír daquela toada, em que mais parece um jogo de paciência entre um e outro.

    E não sou o único a pensar assim.. Assim rapidamente, Steve Tignor e Peter Bodo dizem mais ou menos aquilo que estou a tentar transmitir:

    http://www.tennis.com/pro-game/2012/09/when-pigs-flew/39383/#.UQaKx6XZvJ8

    "Appeal

    Of all of the various match-ups between the Big 4, Murray vs. Djokovic offers the least stylistic contrast. Both men are defenders and runners and counterpunchers at heart. Between them, they define a lot of what we think of as the style of modern men’s tennis.

    Their face-offs are full of long rallies and frustration on both ends—each gets on the other nerves with his retrieving and returning skills. My favorite of their matches from 2012 was the Shanghai final, where Djokovic saved match points to win in three sets. Their three-out-of-five-setters were messier, stop-and-start, break-filled wars of attrition that caught fire only sporadically. Tomorrow is a chance for Djokovic and Murray to stamp themselves in the public's mind as rivalry to watch."

    http://www.tennis.com/pro-game/2013/01/running-men-mens-final-preview/46191/#.UQaINqXZvJ8

    "And it sure wasn’t pretty. Heck, it was excruciatingly dramatic and alternately inspiring, maddening, impressive, unpredictable, majestic, bone-jarringly physical and heart-stoppingly emotional. Sometimes it was nearly comical, but in the way that makes you weep, not laugh. It was epic and overpowering, and a whole bunch of other things, but the one thing it never was, was pretty."

    Ou seja, os jogos entre eles vão sempre ter uma enorme dose de incerteza, emoção e muitas longas trocas de bola, etc., mas vai sempre ficar a sensação que já vimos aquilo inúmeras vezes, "e uma coisa que isso não é, é bonito"! :p

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  7. Os links estão trocados.. O primeiro é um comentário à final do US Open, o segundo era uma antevisão a esta final do AO! ;)

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  8. eu acho que estás é com a memória fresca demais com esta final, porque há uns meses atrás ninguém falou de nenhum jogo aborrecido no us open. os jogos nem se comparam...e lá porque têm estilos idênticos não significa que o jogo tenha que ser mau. o ferrer e o tipsarevic são jogadores muito idênticos e foram aplaudidos de pé no final do jogo no mesmo us open.
    até estive a rever um pouco a final do us open nos highlights do youtube...e se aquilo não é ténis de alta qualidade, entao sinceramente não sei o que é...

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  9. e nem vale a pena ir aí pelo links, claro que há sempre alguém que tenha gostado menos, um deles pelos visto és tu, mas se fosse por aí eu arranjo uns 50 links a falar bem do jogo =p

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  10. :D

    Estava só a querer mostrar que não tinha sido o único, e que mesmo entre os "especialistas" há quem tenha opinião semelhante à minha!

    Mas pronto, tal como há estilos de jogo que uns adoram e outros odeiam, existem também match-ups que agradam mais a uns do que a outros. Eu faço parte daqueles que este não me agrada nada, e para mim um confronto entre Djokovic e Federer, por exemplo, tem muito mais interesse!

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  11. nisso concordo inteiramente contigo! há jogadores que gosto muito mais de ver que esses dois. o que discordava era dizeres que se esperava um jogo mau, porque acho que ninguém esperaria um jogo tão mau como este. muitos erros e pouco risco...

    agora sim...ver por exemplo um federer num dia bom contra um djokovic. julgo que neste momento isso não teria igual ;)

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  12. A final do US Open foi interessante, assim como a final do Australian Open do ano passado, sobretudo pelo esforço;
    mas os jogos mais surpreendentes que assisti desde que ando nestas andanças foram estes dois:

    http://www.youtube.com/watch?v=k_5-FcP4aec
    http://www.youtube.com/watch?v=auzG1ENI7MU



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  13. o conceito de jogo aborrecido é muito relativo ...

    pode ser aborrecido pela expectativa criada à volta do jogo, ou por aquilo que esses jogadores nos habituaram

    se um djokovic-murray é aborrecido, então não sei o que será um isner-raonic, karlovic-anderson, etc.

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  14. em 2009 eu via pouco ténis mas bela jogatana essa do djokovic com o nadal!

    um isner - raonic nem é ténis, é o jogo do tiro ao quadrado... mas curiosamente há um genial ponto entre dois big servers:

    http://www.youtube.com/watch?v=wLFUFfxlvMQ

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    1. O Roddick é um big server, com serviço explosivo, mas é (ou era) bem mais do que isso; está uns pontos acima desse tipo de marretas.

      Lembro-me da final de Wimbledon com o Federer, que lutou de igual para igual, e inclusivé, salvo erro, fez mais pontos (todos somados) que o Federer; só que o ténis é um desporto peculiar, os pontos não "valem" todos o mesmo, há pontos que "valem" mais do que outros, e ele esses falhou...

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    2. "marretas" é uma expressão vencedora.

      sim i agree, eu coloco o roddick mais na categoria de um fish ou um delpo. essa final foi clássica! o roddick falhou mesmo nos momentos importantes!

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  15. João costumas entrar mais vezes contra quem vai na frente ou pelo contrário?

    Preferes lays a odds baixas?

    Cumps.

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    1. é difícil responder a essa pergunta...não tenho preferência, depende dos jogadores em questão e de como o jogo está a decorrer.

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  16. "um isner - raonic nem é ténis, é o jogo do tiro ao quadrado... "

    Eu discordo, o objectivo do ténis é quebrar o serviço do adversário... não quebrar o rally do adversário. Querer jogar ténis sem ter um serviço forte é como querer jogar golfe sem ter um bom swing, se retirares o serviço da equação e reduzires tudo a longos rallies qual o objectivo de quebrar o serviço?

    Isso é o que já acontece em WTA, onde estar a servir acaba por ser quase uma desvantagem pois servem tão lento que quase ofecerem um winner na resposta.

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    1. Yoda não estou a por em causa o objectivo do ténis nem a importância do serviço.
      estou a falar de dois jogadores que só sabem servir e pouco mais, daí dizer que um jogo entre esses dois é o jogo do tiro ao quadrado.
      aliás, tie-breaks entre esses dois jogadores é muito mais provável que em qualquer outro jogo, pela incapacidade de esses jogadores quebrarem o serviço adversário

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  17. O que está em questão não é a importância inquestionável do jogo de serviço (sobretudo em hardcourt) mas o facto desses marretas não terem mais nada para nos oferecer.

    A tua frase "Querer jogar ténis sem ter ..." e agora completa com qualquer outro tipo de pancada do ténis, nesses artistas, é tão válida como em referência ao serviço.

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